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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Coluna fora de jogo: A Copa que pode nem acontecer

O Brasil é pródigo em competições estranhas e/ou imbróglios longe de razoáveis que ganham proporções simplesmente desnecessárias. Aqui está uma dessas situações.

A bagunça sempre foi grande nas divisões de base brasileiras. Todo e qualquer esforço para melhorar as relações dos clubes esbarravam neles mesmos, que muitas vezes agiam nas penumbras roubando jogadores uns dos outros e utilizando empresários para tal fim. Casos não faltam, e muitos poucos ficam famosos, onde o caso Oscar, por exemplo, é uma raridade de ter ido para a grande mídia.

No meio do ano Mano Menezes e Ney Franco - ambos ainda na CBF - convocaram um congresso para padronizar e trocar experiências com os clubes e formar uma nova divisão de base no Brasil. Os clubes fizeram um acordo de cavalheiros e entre o que foi acordado estava o fim do assédio a jogadores pertencentes a outro clube sem ainda o contrato profissional - que só pode ser assinado aos 16 anos, idade para o jogador se federar a CBF - e que essa prática teria sanções, mesmo elas não terem sido planejadas quais seriam.

Em Agosto a CBF anuncia dois torneios para esse ano na base. As Copas do Brasil Sub-20 e Sub-17. A Sub-20 já vai para a sua reta final, estando na fase semifinal. A Sub-17 começaria no RS ainda no mês de Novembro, mas está indefinida sua realização.

  • O caso Mosquito:

Mosquito tem em seu currículo o fato de ser o maior goleador da categoria sub-15 da seleção, alto para os padrões da categoria, com muita força, praticamente atropelou os seus adversários nas competições de sua categoria. Mas o Vasco, seu clube formado, talvez por considerar que Mosquito tivesse pouco a se desenvolver - efeito Lulinha, astro incontestável nas divisões de base, e nunca conseguiu demonstrar no profissional seu talento - segurou a renovação de seu contrato, o que fez que muitos clubes tentassem um investimento em Mosquito.

O São Paulo foi o clube que mais perto chegou. O jogador chegou a ir no CT de Cotia para fechar o contrato, e mesmo sabendo da briga judicial que se avizinhava, pois o Vasco não iria ceder tão facilmente a sua revelação, o São Paulo parecia que iria levar a briga até o fiim - seja ele qual fosse - mas aí veio o acordo de cavalheiros.

Em Abril os clubes assinaram um acordo para não "roubar" mais jogadores uns dos outros. Para acabar com alguns privilégios de empresários que leiloavam as promessas de um clube para outro, e dariam mais segurança para que o trabalho nas divisões de base fosse feito com mais propriedade nos clubes.

Com a idéia fixa de sair do Vasco, onde não foi valorizado ou pelo menos assim achou, Mosquito continuou a sua saga para sair de São Januário. Agora com um complicador, faltava um clube que tivesse interesse em entrar na briga.

  • O caso Furacão:

Não demorou há isso acontecer. Como no Brasil o que a maioria dos dirigentes de futebol o que menos tem é palavra, logo logo um clube rompeu com o acordo de cavalheiros firmado lá no inicio do ano.

Mosquito entrou na pauta e assinou com o Atlético Paranaense o contrato profissional. Rompeu unilateralmente com o Vasco e agora tenta dar novos rumos a sua recém iniciada e já tão polêmica carreira. Mas a história está longe de ter um fim.

Os outros clubes agora ameaçam que se o Atlético não for obrigado a cumprir o que se comprometeu a fazer no início do ano os principais clubes do país não irão enfrentá-lo em competição alguma nas divisões de base, isso incluindo a recém criada Copa do Brasil sub-17, onde Mosquito foi inscrito pelo clube paranaense.

Os clubes querem que a CBF exclua o Furacão da competição e incluam o Vitória para a competição poder acontecer. Ou isso, ou nenhum dos 20 clubes da Séria A jogam a copa.

A confusão está só começando pois já há quem crave que a CBF não terá peito de enfrentar o Atlético-PR e excluí-lo do campeonato. O Vasco exige a devolução de Mosquito ou que o Furacão pague para tê-lo, e todos estão a favor do Vasco.

E tudo isso para um garoto de hoje com 16 anos, mas que há mais de um ano não consegue atuar com regularidade por causa das confusões de sua tão nova mas conturbada carreira.

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