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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Golden Boy: Hodzic, o herdeiro de Dzeko

A Bósnia veio para o Brasil no ano passado para disputar a sua primeira Copa do Mundo. O país que foi assolado por intermináveis guerras viveu no futebol um dos seus momentos de maior elevação da auto-estima, já que como em todos os países do Leste europeu, o futebol é paixão nacional, misturando-se muitas vezes aos confrontos políticos, étnicos e religiosos nas guerras dos da região.

A atual seleção Bósnia tem em Dzeko (hoje na Roma-ITA) sua maior figura, artilheiro das eliminatórias, artilheiro no forte futebol inglês e maior nome de uma geração que junto com Misimovic, Ibisevic, Spahic e Begovic, nomes experientes consolidados no futebol europeu e que, apesar de não conseguirem a classificação a segunda fase, marcaram seu nome na história do país.

Capitão do selecionado sub-21 (assim como Dzeko na principal), mas tendo a habilidade e o oportunismo como suas principais características, Armin Hodzic vem sendo o destaque neste começo de temporada europeia por um dos times que mais revelam jogadores no mundo – Dinamo Zagreb da Croácia – sendo o atacante que auxilia o centroavante chileno Angelo Henriquez, mas também o jogador que desafoga o time com gols e assistências.

Nascido em Sarajevo – capital da Bósnia – e cria de um dos principais times do país, o Zeljeznicar, desde cedo Hodzic vem chamando atenção dos grandes clubes da Europa, tanto que com 16 anos chegou ao Liverpool da Inglaterra, onde não conseguiu se firmar nas camadas inferiores do gigante inglês, sendo novamente emprestado ao seu clube de coração onde na temporada passada teve um desempenho muito mais eficiente, com 18 gols foi artilheiro do time, com isso assinou contrato com o poderoso – no Leste europeu – Dinamo Zagreb, time especialista no desenvolvimento de jogadores jovens, para depois repassá-los prontos para as maiores ligas.

Hodzic ainda não estreou na seleção principal, algo que não vai demorar muito a acontecer vendo os seus desempenhos, e deverá com a geração jovem que vem se criando no futebol Bósnio como os atacante Prevljak (Red Bull Salzburg-AUS), e os meias Hajradinovic (Gent-BEL) e Gojak (Din. Zagreb), todos pérolas a serem lapidadas em seus clubes para que possam servir e elevar o nível do futebol bósnio, e ajudar nomes que já tem destaque mundo afora como Pjanic (Roma-ITA), Holasinac (Shalke 04-ALE), Besic (Everton-ING) e Hajrovic (Werder Bremen), jogadores de muito pontencial mas que ainda não veem um substituto para os quase veteranos Dzeko e Ibisevic, que há quase uma década são os responsáveis pelos principais gols do time mas sem reposição de mesma qualidade, e sendo que com a idade chegando, cada vez menos eles irão atuar pela seleção. Hodzic vem para quem sabe se tornar esse homem-gol, e junto com isso almejar o status de super atacante.

Gols, habilidade, precisão nos chutes, e oportunismo, os vídeos abaixo mostrarão que isso o garoto tem de sobra:


  • Ficha do Jogador


Armin Hodžić
Personal information
Date of birth17 November 1994 (age 20)
Place of birthSarajevoBosnia and Herzegovina
Height1.82 m (5 ft 11 12 in)
Playing positionStriker
Club information
Current team
Dinamo Zagreb
Number15
Youth career
Željezničar
2011–2014Liverpool
Senior career*
YearsTeamApps(Gls)
2011–2014Liverpool0(0)
2012–2014→ Željezničar (loan)45(18)
2014–Dinamo Zagreb11(6)
National team
2010–2011Bosnia and Herzegovina U176(5)
2011–2013Bosnia and Herzegovina U1913(7)
2015–Bosnia and Herzegovina U214(3)



  • Videos:


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Diferenças e semelhanças de Róger e Argel.

Não só o futebol deles foi diferenciado. Róger foi um dos maiores laterais no sentido de marcação que vi jogar. Argel era um dos zagueiros mais firmes – e por vezes dos mais violentos – mas que tem a favor uma carreira vencedora na Europa, Palmeiras e claro, Inter. Ambos estão apenas no seu inicio de carreira e a amostragem que deram até agora é insuficiente para sabermos se irão se tornar grandes treinadores ou não, mas dão amostras de serem convictos em suas pré-definições de times.

Róger desde que começou tem seus times jogando de forma compacta e com bom toque de bola – o Novo Hamburgo esse ano foi um bom exemplo – ainda que pequem defensivamente, quando estão com a bola são incisivos. O Grêmio é um dos times que melhor distribui seus ataques no campeonato, tendo jogadas nos dois flancos e bons arremates da zona central, além de ser um dos times que mais concluem de dentro da área. Ainda que falte um centroavante no time, Luan como homem mais avançado – algo pedido há muito tempo por todos que veem jogo do Grêmio – vem abrindo espaços e jogando muito bem na função que Messi consagrou no Barcelona – o falso nove, mesmo que ele não jogue mais assim hoje em dia – e a parceria com Giuliano e Douglas vem provocando troca de passes muito bonitos de se ver (o primeiro gol contra o Atlético Mineiro é prova disso). Ainda falta mais opções no banco para não deixar o ritmo cair como foi contra a Ponte domingo, e a defesa dar menos espaço entre as linhas de meio-campo e os zagueiros.

Já o Inter apostou num treinador que desde de os tempos de Zequinha montou verdadeiras retrancas com muita jogada em velocidade e saídas pelos lados do campo. Argel que vem de um trabalho notoriamente muito bom no Figueirense aposta em um time que é difícil de entrar na sua área, e com saídas rápidas dos homens de frente. O ataque com Vitinho, Valdívia e Sacha com D'Ale municiando eles era mais que esperado, assim como a alteração para dois volantes no time principal e não apenas Dourado como na época de Aranguiz. A amostra de Argel é menor em termos de tempo de time comparado a Róger mas ambos tem filosofias bem definidas. Um prioriza o contra-ataque e jogadas letais no seu time, o outro a compactação, marcação sobre pressão e toque de bola para travar o adversário.

O mais engraçado é que se você olhar as filosofias da quase para dizer que a de Argel se aproxima mais do que o torcedor gremista está acostumado a ver no seu time, e a de Róger está mais parecida com a que o torcedor colorado se acostumou a ver nos últimos anos em seus vencedores times.

Ambos tem tudo para dar novos ares de vitórias para gremistas e colorados, mas ambos vão precisar de material humano melhor do que têm, ou em maior quantidade, pois ambos os times tem potencial para terem bons times, mas ainda falta profundidade em ambos os elencos.

Obs.: Uma teoria minha é o que um dos motivos do equilíbrio do futebol brasileiro é que não faltam bons times aqui, ou potencial para isso, mas falta capacidade de montar elencos em nossos profissionais do futebol. E a dupla Gre-Nal é apenas reflexo disso, num campeonato longo tendem a sofrer por causa disso, mas para mim ao lado do Santos são os grandes favoritos a Copa do Brasil.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Análise de algumas estatísticas do CB.

Agora brincando na internet parei pra ver algumas estalactíticas do CB fechado 20 rodadas do campeonato.

*Três dos cinco times que mais trocam passes são Grêmio (444), Atlético mineiro (441) e Corinthians (415), ou seja são times de além de pressionarem seus adversários, ainda fazem boa gestão da posse de bola, ao contrário do São Paulo (442), que fica com a bola muito tempo, a tocando de um lado ao outro;

*O Joinville é o time que mais dribla no campeonato, média de 10 por jogo. O lateral Mário Sérgio (2,5 por jogo) e o volante Anselmo (2,1 por jogo) são os líderes nesse quesito;

*O Corinthians mantém 40% do seu tempo de posse de bola com ataques pelo lado esquerdo do campo (lado de Renato Augusto e Uendel), já o Atlético Mineiro essa fato (39%) ocorre com o lado direito do campo (lado de Luan e Marcos Rocha), já o Grêmio os números são mais equilibrados, fato que atesta a troca de bola de um lado ao outro cobrado por Róger;

*Dos jogadores com mais de mil minutos em campo, destaque para o acerto de passe de Rafael Carioca (Atlético Mineiro), Guiñazu (Vasco)e Maicon (Grêmio), todos com números acima dos 90%;

*Quatro volantes disputam o prêmio de maior desarmador do campeonato. A curiosidade é que todos são bem jovens: Rodrigo Dourado (Inter), Rithely (Sport), Anselmo (Joinville), e Otávio (Atlético Paranaense) todos com média de 4,5 desarmes por partida;

*Ninguém cruza mais bolas na área que o Flamengo (29) e ninguém fez mais gols em jogadas de bola parada que o Palmeiras (10);

*Giuliano (Grêmio) e Patric (Atlético Mineiro) são os líderes em assistências (6), já em cruzamentos certos por jogo ninguém acerta mais que Jádosn (Corinthians) com a média de 1,9. Outra curiosidade é que ninguém põe mais os companheiros na cara do gol que Lucas Lima com média de 3 vezes por jogo;

A maioria dos números atestam as afirmações desse campeonato: O lado esquerdo do Corinthians, o lado direito do Atlético Mineiro, o jogo de posse de bola do Grêmio ou a fase mágica de Lucas Lima, mas das coisas que chamam muito a atenção é a aparente safra de bons volantes que parece que começa a surgir no campeonato: Otávio, Dourado, Anselmo, Bruno Henrique, Rafael Carioca e Rithely se destacam com um bom jogo de bola na construção das jogadas e com muita capacidade de desarme.

FONTE: WhoScored

O que torna um Estado grande no futebol brasileiro.

A CBF distribui suas vagas para nas competições para o qual organiza mediante o posicionamento do Estado no seu ranking de federações, algo até certo ponto justo, afinal, quanto melhores os resultados do Estado nos últimos anos, mais vagas ele dispõe, logo mais chances de equipes desta mesma região brigarem por acessos e classificações, logo mais pontos, logo mais equipes e assim por diante.

O Rio Grande do Sul é um caso quase único, pois entre os primeiros colocados deste ranking, é o único onde apenas duas equipes monopolizam a pontuação gaúcha – Grêmio tem 13.992 pontos, o Internacional 12.628, o terceiro gaúcho é o Juventude, apenas o 60º colocado com 1.722, num ranking onde o Estado tem 33.936 pontos – ou seja, ambos os times de Porto Alegre fazem quase 80% da pontuação do RS no ranking da CBF – com essa pontuação o RS é o 4º colocado no ranking de federações, mas fortemente ameaçado por Paraná ( 2 times na Série A, um na Série B, um na Série C, e dois na Série D) e Santa Catarina (4 na Série A, um na Série B, e 2 na Série D). Como a Série A dá 800 pontos a seu campeão, 600 ao vice, 560 ao terceiro, 552 ao quarto e assim consecutivamente de 8 em 8 pontos até o vigésimo, a tendência é que Santa Catarina pontue muito neste ano, mesmo que algum(ns) times catarinenses sejam rebaixados, e dá mesma forma o Paraná, que mesmo não tendo tão bom desempenho na Série A, verá a chance de crescimento no que o RS deixará de pontuar, pois no próximo ranking não terá mais a bonificação pelo título a Libertadores de 2010 do Inter.

Apenas Grêmio e Internacional não conseguirão sozinhos manter o RS com as 4 vagas da Copa do Brasil, e logo, se tiverem um deslize que diminua a sua pontuação, poderão deixar – mesmo que dificilmente – uma vaga a menos em jogo no nacional, o que por si só seria uma catástrofe ao futebol do interior gaúcho.

É necessário que Brasil ou Juventude consigam o acesso para a Série B, pontuem mais, equilibrem mais a gangorra do interior frente a capital, consigam ter mais espeço na mídia para podermos crescer como um todo no cenário futebolístico nacional, e seria fantástico que Lajeadense e Ypiranga de Erechim fossem muito bem na Série D, e, porquê não, conseguissem o acesso a Série C, mantendo assim força na terceira divisão, já que o Caxias nada a braçada para o rebaixamento.

É só com força no interior, que iremos conseguir almejar voos maiores no futebol do Estado, só com apoio das comunidades que conseguiremos crescer ao ponto de dar mais suporte na revelação de jogadores a própria dupla Gre-Nal, só com essa noção de realidade que não perderemos espaço nacionalmente como já estamos perdendo hoje para Paraná e Santa Catarina. Noveletto que sonha ser presidente da CBF mal consegue manter forte a sua Federação, isso sem falar sentimento de contrariedade que cresce a cada ano, para com ele, nas equipes do interior do RS.


Não é a polarização que torna um Estado gigante no futebol, e sim a mostra de força como um todo. Grêmio e Internacional podem ser os gigantes, mas dentro de um Estado onde precisem se qualificar para ganhar os títulos almejados, e assim chegar mais fortes nas competições nacionais. É o interior que pode deixar esse RS gigante no futebol brasileiro, por isso a torcida para Brasil – claro, principalmente – mas para que Juventude, e uma grande torcida para que Lajeadense e Ypiranga mostrem a força necessária para atingir seus objetivos de acesso.