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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vicio história: O El Dorado colombiano e a polêmica Liga Pirata

Don Alfredo Di Stefano super astro do Real Madrid e seu fiel companheiro na Máquina Milionária dos anos 50 do River Plate Adolfo Pedernera, Héctor Rial ex-San Lorenzo de Almagro e futuro astro do Real Madrid, Heleno de Freitas - aquele mesmo do filme, o Príncipe Maldito - Charlie Mitten vindo do Manchester United, e nada mais que oito jogadores uruguaios campeões mudias em 50 no Brasil sendo contratados pelo mesmo time: Essa era a Dimayor, a liga pirata colombiana existente de 1949 a 1953 e que levou simplesmente muitos dos maiores jogadores do mundo na época para jogar num campeonato até hoje muito fraco, mas que encantou o mundo durante 4 temporadas.

Alfonso Quevedo, presidente do Milionários de Bogotá - o mesmo que enfrenta o Grêmio hoje - teve uma idéia ao saber da crise que se instalava em campos argentinos - principalmente - e uruguaios, os jogadores estavam em crise com seus clubes pois brigavam para ter salários compatíveis com o que eles arrecadavam com bilheterias na época já que praticamente todos trabalhavam e jogavam futebol, e os dirigentes ficavam cada vez mais ricos com isso, com o dinheiro chegando na Colômbia pela estruturação da liga em 1948 e com os cofres cheios, as agremiações foram até os países do sul e mais desenvolvidos futebolisticamente e contrataram - oferecendo salários exorbitantes para época, e da forma mais decabida possível.

Diz-se na lenda que os dirigentes colombianos chegavam a ir em portos, padarias, bares e restaurantes com o dinheiro para o jogador fechar e uma passagem só de ida para a Colômbia, e os jogadores com o olho grande na bolada iam sem nem pestanejar deixando a ver navios seus clubes. Assim formou-se o a Era do El Dorado colombiano, tal qual era a quantidade de grandes jogadores jogando em seus gramados.

A consequência é que a Colombia foi desfiliada da FIFA e da Conmebol em 1949, e sua liga foi considerada desfiliada das competições apoiadas pelas entidades - da o nome que ficou para a história: Liga Pirata - mas isso tudo pode ser visto que em nada diminuiu a atração do futebol bailarino como se chamou na época o futebol apresentado pelos astros dos times colombianos.

Heleno de Freitas fez tanto gol que virou estátua no Junior de Barranquilla, Di Stefano e Pederneiras são até hoje reverenciados como os maiores jogadores na história do clube, o Milionários foi o grande campeão dessa época faturando quatro dos cinco campeonatos da Dimayor, e o Independiente Medellin formou um time com base no forte time peruano dos anos 50 que até hoje é chamado de 'La Danza Del Sol' devido ao seu bailado dentro de campo, já o Deportivo Pereira contratou nada menos que oito dos titulares que bateram o Brasil no 'Maracanazzo' de 50.

Os estádios lotaram, o sucesso foi enorme, o público ia ao delírio, mas tudo teve fim em 1953, já que pelo acordo firmado em 1951 pelas nações da Conmebol - chamado de Pacto de Lima - as equipes colombianas voltariam as competições da entidade mas teriam que devolver os jogadores contratados para os seus respectivos clubes de origem.

O Milionários ainda fez muito dinheiro viajando e faturando com seu supertime, e segue até hoje famoso por um dia ter conseguido ser uma das maiores potências do futebol mundial, mesmo jogando numa liga clandestina na Colômbia.

Para se ter uma noção assista ao vídeo de Alfredo Di Stefano no link abaixo e veja se consegue imaginar algo desse tipo nos dias de hoje. Detalhe: Di Stefano é aclamado como um dos maiores do Real Madrid, ou se não 'o maior', para muitos o maior clube do mundo.

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