Pulso firme, doa a quem doer

Roman Abramovich é um dos lunáticos investidores do leste europeu que são apaixonados por futebol, números recentes falam que ele já investiu mais de 1 bilhão de Libras no Chelsea e transformou o clube num dos gigantes da Europa.

Pois há coisas que Roman não engole, e uma delas é insubordinação.

No início da temporada passada o Chelsea havia pago um caminhão de dinheiro para tirar André Villa Boas do Porto após ele ter ganho a Liga Europa com a equipe portuguesa, e desde sua chegada ele tentou implantar um rejuvenescimento do envelhecido time inglês.

Jogadores mais jovens começaram a ter chances e estrelas da equipe como o marfinense Drogba e os ingleses Terry e Lampard, outrora bandeiras da equipe lideraram um movimento de boicote ao comandante português.

No inicio do segundo semestre da temporada européia Villas Boas foi demitido e Di Matteo foi elevado ao cargo, o resultado todo mundo conhece com um final de temporada fenomenal de Drogba e com Lampard e Terry liderando o time o Chelsea foi campeão europeu, mesmo com um futebol muito aquém do esperado.

Pois naquele final de temporada mesmo Drogba foi liberado para acertar com o futebol chinês, Kalou outro apoiador do movimento saiu quase de graça para o Rennes francês. E essa semana ele avisou que os contratos de Lampard e Terry não serão renovados, mesmo eles sendo talvez osmaiores ganhadores de títulos da história do Chelsea. Abramovich quer livrar o ambiente de seus geniosos e por vezes insubordináveis jogadores.

Entre tantos exemplos que poderia citar um me vem mais forte a cabeça: A demissão de Titi do Inter em 2009, amplamente calçada num movimento de boicote dos líderes do vestiário contra o treinador, o maior exemplo é D'Alessandro que foi considerado o mentor daquele boicote.

Não estou dizendo que o Inter deveria se desfazer de D'Ale ali - é óbvio que não, afinal ele ganhou uma Libertadores jogando muito depois - mas se a moda pega por aqui o que vai ter de estrela ficando sem clube daqui a pouco...