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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O adeus do "Fenômeno Ronaldo"

Fenômenos no marketing, fenômeno no campo, fenômeno nos gols que fazia e nas confusões em que se metia. Jogador de estirpe única, Ronaldo veio da linha de jogadores que se consagraram tanto na vida nos campos quanto na vida noturna, fumante praticamente assumido, sempre ás voltas com problemas de balança e com beldades ao seu lado, mas também artilheiro dos maiores que o planeta terra já viu, capaz de arrancadas fulminantes deixando zagueiros para tráz com uma facilidade assustadora.

Me lembro quando vi um garoto que era artilheiro no Cruzeiro, dentuço e magricelo, disputar com Viola a última vaga do ataque da seleção para a Copa do Mundo de 1994 nos EUA, no último jogo antes da copa, me lembro que o adversário era a Islândia e Ronaldo e Viola formaram o ataque. Eu como corinthiano torcia desesperadamente para Viola se destacar, mas quem se destacou foi Ronaldo, no fim para felicidade geral os dois foram a Copa, mas ali ganhei simpatia pelo jogador Ronaldo.

Na Holanda foi difícil acompanhá-lo, numa era sem internet como é hoje, era difícil ver os jogos do campeonato nacional, mas só sabia que ele continuava metendo gols como louco e era ídolo do time na ea pós-Romário no PSV. Depois veio a época do Barça, mais fácil de ver, e ali fiquei louco com o futebol, ganhei meu maior ídolo no futebol, com recordes em cima de recordes, com jogadas de destaque também na seleção, lembro de gols antológicos contra Ucrânia, e depois na Inter, onde eu podia ver praticamente todos os jogos, meu fim-de-semana era sempre vendo os jogos do time Nezzaruzzi, até hoje o jogador que mais gols fez em sua primeira temporada no futebol italiano - 21 - superando o recorde anterior que era apenas de Zico e Maradona.

As lesões foram um capítulo a parte, até hoje tenho todas as placares da época em que saiam reportagens suas - e comprava quase que exclusivamente por causa disso - a primeira na Inter, depois a horrorosa no dia de sua volta contra a Lazio, onde até rivais se emocionavam com os gritos de dor dele, a volta por cima no Real Madrid, que entre aplausos e críticas, ele foi artilheiro em todas as temporadas que esteve no clube merengue, se tornando um dos grandes da história do clube, com atuações de gala como a do jogo contra o Manchester em Old Trafford, onde até hoje é o único jogador a fazer três gols na mesma partida contra os Devils por uma competição continental, e eliminando o clube inglês da Champions.

A passagem pelo Milan foi discreta e com mais uma lesão grave no joelho, mas ainda assim nos poucos jogos em que jogou fez mais de meio gol por partida em média, e ai veio a volta ao Brasil, visualmente acima do peso, fez chover em 2009, ganhou dois títulos, foi destaque e pilar do time montado por Mano. 2010 foi mais apagado mas sua ausência foi extremamente sentida ao ponto do time não ter quase nenhum poder de finalização sem o fenômeno em campo. 2011 começou erradoao ser eliminado da Libertadores na sua fase inicial, mas o fato é pouco relevante perto do tamanho que foi sua carreira, tão gloriosa e sendo umas das partes mais importantes do história do futebol brasileiro, se juntando a craques como Pelé, Garrincha, Rivelino, Zico e Romário como os maiores da história do nosso futebol.

Se pudesse dizer algo, seria obrigado, obrigado pelos gols, por sempre dar assunto a qualquer roda de amigos que converse sobre futebol, seja ele seus gols, suas mulheres, suas farras, suas confusões, sua barriga, seu peso, ou qualquer outra forma que ele tinha de chamar a atenção na qual ele sempre conseguia se manter em evidência. Foi um extraordinário atacante e sem dúvida para mim o que fez eu amar o futebol como eu amo. Sou da geração Ronaldo, e com certeza, para mim, foi o maior que vi jogar.
















  

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