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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os 100 Anos...

Entre tantas coisas que li nesses dias de comemoração pelos cem anos do Corinthians vai ai o que eu mais gostei, primeiro um texto mais desconfiado do Felipe Lobo do Trivela, corinthiano assumido, e depois do Blog Retrospecto Corinthiano assim como eu um apaixonado e que há vários anos faz um acompanhamento de cada jogo do Corinthians servindo de fonte para este blog, o link tá na lista ai ao lado.

Confissões de um Corinthiano meio que divorciado

É 01h57min do dia 1º de setembro. O dia-do-centenário-do-Corinthians-e-blá-blá-blá, que eu não preciso repetir algo que os leitores da Trivela já sabem à larga - e que levaria a clichês que eles não merecem ler, por inteligentes que são. Deveria ser um dia de festa - e, para mim, o é. Mas é mais de reflexão, na verdade.

Certa vez, um conhecido me disse: "Você, quando era criança, defendia o Corinthians com unhas e dentes. E agora, que cresceu, desanimou?" Como corintiano, assumo: ando meio divorciado do time. Não é "deixar de torcer" - isso, nunca, como quem é fanático por futebol sabe. Aliás, divorciado não é nem o termo certo, mas sim "afastado". É algo triste, muito triste. Inclusive, às vezes me pego em autorepreensões. Por exemplo, quando acompanho demais o futebol holandês. Às vezes chego a falar para mim mesmo: "Ei, rapaz, preste mais atenção no Corinthians. Você começou a gostar de futebol por causa do Corinthians, não por causa do Ajax."

Mas a questão é que... não me vejo reconhecido neste Corinthians de hoje. Não me vejo reconhecido na festa que levou centenas ao Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Fico triste ao ver que o sonhado estádio corintiano está sendo conseguido em meio a um jogo político - pode parecer utópico, mas me agradaria muito mais se o Corinthians pudesse virar para o mundo e dizer "construímos isso sozinhos, não devemos nada disso a ninguém." Seria mais demorado, mais sofrido? Ora bolas, "corintiano, maloqueiro e sofredor", não é isso o que gosta de dizer tanto aquele que tem mera simpatia pelo Alvinegro como aquele cidadão que toda quarta e todo domingo bate ponto no Pacaembu, seja de organizada ou não?

Fico triste quando vejo a paixão sendo vilipendiada por dirigentes ora corruptos, ora populistas. E fico triste quando vejo que parte da torcida corintiana é formada por gente que tem o deplorável comportamento de achar que "podemos tudo porque somos povão" - face da mesma moeda que traz uma suposta arrogância do São Paulo, tão criticada pelos rivais.

Mas, aí, eu paro. E lembro de mim pulando e berrando feito uma besta no gol do Ricardinho, na semifinal do Paulista de 2001; de mim evitando ver os pênaltis da semifinal da Libertadores de 2000, trancado no banheiro, retardando a decepção; do gol do Tupãzinho em 1990, o gol que me fez virar corintiano de vez; a queda triste e esperada para a Série B - e a volta alegre, mas protocolar, à Série A; a Democracia Corinthiana, algo que gostaria muito, mas muito, de ter visto e vivido; da felicidade com a dobradinha Paulista/Copa do Brasil de 1995, primeiros títulos de vulto que vi...

Enfim, por isso, por essas lembranças que temos relacionadas ao nosso time do coração (como todo mundo que tem um time do coração tem), e só por elas, é que eu ainda acho que, apesar dos pesares, vale a pena comemorar o centenário.

Portanto, parabéns, Corinthians. E que minha relação contigo melhore. Espero muito por isso.



Feliz Centenário Corinthians!








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