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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O que torna um Estado grande no futebol brasileiro.

A CBF distribui suas vagas para nas competições para o qual organiza mediante o posicionamento do Estado no seu ranking de federações, algo até certo ponto justo, afinal, quanto melhores os resultados do Estado nos últimos anos, mais vagas ele dispõe, logo mais chances de equipes desta mesma região brigarem por acessos e classificações, logo mais pontos, logo mais equipes e assim por diante.

O Rio Grande do Sul é um caso quase único, pois entre os primeiros colocados deste ranking, é o único onde apenas duas equipes monopolizam a pontuação gaúcha – Grêmio tem 13.992 pontos, o Internacional 12.628, o terceiro gaúcho é o Juventude, apenas o 60º colocado com 1.722, num ranking onde o Estado tem 33.936 pontos – ou seja, ambos os times de Porto Alegre fazem quase 80% da pontuação do RS no ranking da CBF – com essa pontuação o RS é o 4º colocado no ranking de federações, mas fortemente ameaçado por Paraná ( 2 times na Série A, um na Série B, um na Série C, e dois na Série D) e Santa Catarina (4 na Série A, um na Série B, e 2 na Série D). Como a Série A dá 800 pontos a seu campeão, 600 ao vice, 560 ao terceiro, 552 ao quarto e assim consecutivamente de 8 em 8 pontos até o vigésimo, a tendência é que Santa Catarina pontue muito neste ano, mesmo que algum(ns) times catarinenses sejam rebaixados, e dá mesma forma o Paraná, que mesmo não tendo tão bom desempenho na Série A, verá a chance de crescimento no que o RS deixará de pontuar, pois no próximo ranking não terá mais a bonificação pelo título a Libertadores de 2010 do Inter.

Apenas Grêmio e Internacional não conseguirão sozinhos manter o RS com as 4 vagas da Copa do Brasil, e logo, se tiverem um deslize que diminua a sua pontuação, poderão deixar – mesmo que dificilmente – uma vaga a menos em jogo no nacional, o que por si só seria uma catástrofe ao futebol do interior gaúcho.

É necessário que Brasil ou Juventude consigam o acesso para a Série B, pontuem mais, equilibrem mais a gangorra do interior frente a capital, consigam ter mais espeço na mídia para podermos crescer como um todo no cenário futebolístico nacional, e seria fantástico que Lajeadense e Ypiranga de Erechim fossem muito bem na Série D, e, porquê não, conseguissem o acesso a Série C, mantendo assim força na terceira divisão, já que o Caxias nada a braçada para o rebaixamento.

É só com força no interior, que iremos conseguir almejar voos maiores no futebol do Estado, só com apoio das comunidades que conseguiremos crescer ao ponto de dar mais suporte na revelação de jogadores a própria dupla Gre-Nal, só com essa noção de realidade que não perderemos espaço nacionalmente como já estamos perdendo hoje para Paraná e Santa Catarina. Noveletto que sonha ser presidente da CBF mal consegue manter forte a sua Federação, isso sem falar sentimento de contrariedade que cresce a cada ano, para com ele, nas equipes do interior do RS.


Não é a polarização que torna um Estado gigante no futebol, e sim a mostra de força como um todo. Grêmio e Internacional podem ser os gigantes, mas dentro de um Estado onde precisem se qualificar para ganhar os títulos almejados, e assim chegar mais fortes nas competições nacionais. É o interior que pode deixar esse RS gigante no futebol brasileiro, por isso a torcida para Brasil – claro, principalmente – mas para que Juventude, e uma grande torcida para que Lajeadense e Ypiranga mostrem a força necessária para atingir seus objetivos de acesso.

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