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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Diferenças e semelhanças de Róger e Argel.

Não só o futebol deles foi diferenciado. Róger foi um dos maiores laterais no sentido de marcação que vi jogar. Argel era um dos zagueiros mais firmes – e por vezes dos mais violentos – mas que tem a favor uma carreira vencedora na Europa, Palmeiras e claro, Inter. Ambos estão apenas no seu inicio de carreira e a amostragem que deram até agora é insuficiente para sabermos se irão se tornar grandes treinadores ou não, mas dão amostras de serem convictos em suas pré-definições de times.

Róger desde que começou tem seus times jogando de forma compacta e com bom toque de bola – o Novo Hamburgo esse ano foi um bom exemplo – ainda que pequem defensivamente, quando estão com a bola são incisivos. O Grêmio é um dos times que melhor distribui seus ataques no campeonato, tendo jogadas nos dois flancos e bons arremates da zona central, além de ser um dos times que mais concluem de dentro da área. Ainda que falte um centroavante no time, Luan como homem mais avançado – algo pedido há muito tempo por todos que veem jogo do Grêmio – vem abrindo espaços e jogando muito bem na função que Messi consagrou no Barcelona – o falso nove, mesmo que ele não jogue mais assim hoje em dia – e a parceria com Giuliano e Douglas vem provocando troca de passes muito bonitos de se ver (o primeiro gol contra o Atlético Mineiro é prova disso). Ainda falta mais opções no banco para não deixar o ritmo cair como foi contra a Ponte domingo, e a defesa dar menos espaço entre as linhas de meio-campo e os zagueiros.

Já o Inter apostou num treinador que desde de os tempos de Zequinha montou verdadeiras retrancas com muita jogada em velocidade e saídas pelos lados do campo. Argel que vem de um trabalho notoriamente muito bom no Figueirense aposta em um time que é difícil de entrar na sua área, e com saídas rápidas dos homens de frente. O ataque com Vitinho, Valdívia e Sacha com D'Ale municiando eles era mais que esperado, assim como a alteração para dois volantes no time principal e não apenas Dourado como na época de Aranguiz. A amostra de Argel é menor em termos de tempo de time comparado a Róger mas ambos tem filosofias bem definidas. Um prioriza o contra-ataque e jogadas letais no seu time, o outro a compactação, marcação sobre pressão e toque de bola para travar o adversário.

O mais engraçado é que se você olhar as filosofias da quase para dizer que a de Argel se aproxima mais do que o torcedor gremista está acostumado a ver no seu time, e a de Róger está mais parecida com a que o torcedor colorado se acostumou a ver nos últimos anos em seus vencedores times.

Ambos tem tudo para dar novos ares de vitórias para gremistas e colorados, mas ambos vão precisar de material humano melhor do que têm, ou em maior quantidade, pois ambos os times tem potencial para terem bons times, mas ainda falta profundidade em ambos os elencos.

Obs.: Uma teoria minha é o que um dos motivos do equilíbrio do futebol brasileiro é que não faltam bons times aqui, ou potencial para isso, mas falta capacidade de montar elencos em nossos profissionais do futebol. E a dupla Gre-Nal é apenas reflexo disso, num campeonato longo tendem a sofrer por causa disso, mas para mim ao lado do Santos são os grandes favoritos a Copa do Brasil.

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