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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Aos gremistas: A que balança o Grêmio

Do site do Olheiros.net, texto do jornalista Dassler Marques que tem seu blog também ai na barra ao lado. Vale a pena conferir o que está por tráz e quem é um dos maiores empresários do futebol brasileiro, confira a influência de Jorge Machado no Grêmio.

  • A Mão Que Balança o Grêmio

Em seus tempos de jogadores, Marcelo Mabília e Carlos Gavião passaram sem muito destaque pelo Grêmio. Como treinadores, também não têm currículos que credenciem uma chance nas principais equipes da base de um grande clube. Mas, no futebol brasileiro, nem sempre é necessário ter isso para encontrar uma oportunidade de ouro. Respectivamente os novos técnicos do sub-17 e do sub-20 gremistas, Mabília e Gavião tiveram a indicação de Jorge Machado.

Segundo apurou a coluna junto a quatro fontes próximas à base gremista, foi via influência decisiva do empresário que domina o futebol gaúcho – e principalmente o Grêmio - que eles foram anunciados pelo clube há poucos dias. Mabília e Gavião têm o desafio de voltar a fazer a base tricolor buscar grandes títulos após mais um semestre bastante ruim. Mas o retrospecto de ambos é desanimador e deixa dúvidas sobre as credenciais que têm para os cargos.

Novo treinador do sub-20, Mabília tem desafetos espalhados pelo Rio Grande do Sul, do interior até o rival colorado.  Empresariado por Machado desde seus tempos de jogador, auxiliou Ivo Wortmann e recentemente se tornou técnico. Seu melhor resultado foi levar o Novo Hamburgo, de grandes investimentos na base, até a semifinal da Copa FGF Sub-19 2011. Neste ano, entretanto, um fiasco: caiu na segunda fase do Gaúcho Sub-20 com dois empates e quatro derrotas. Até um clube amador, o Igrejinha, acabou na frente.

Gavião chega para o sub-17 depois de os gremistas somarem campanhas muito ruins no Gaúcho Juvenil e na Copa FGF Sub-17. Ainda que seja descrito por pessoas próximas como alguém de bom trato, seus resultados são ainda mais preocupantes que os de Mabília. Pelos profissionais do Pelotas, chegou a ser lanterna da Copa FGF e foi demitido depois de três derrotas em três jogos no Gauchão 2012 – sem ele, o time reagiu no campeonato e acabou em oitavo dentre 16 times. 

Para um empresário com trânsito livre na Azenha, é fantástico ter dois treinadores de confiança nos juvenis e juniores. Nos profissionais, também era assim em janeiro, quando Caio Júnior precisou engolir as promoções precoces de Biteco e Yuri Mamute, um pedido pessoal de Jorge Machado ao presidente Paulo Odone.

A dupla, de fato, tem qualidades. Mas a profissionalização veio antes da hora. Vanderlei Luxemburgo chegou e, de imediato, solicitou que ambos voltassem à base. Empresariado por Gilmar Veloz, rival de Jorge Machado, Luxa logo suscitou especulações no Estádio Olímpico, mas sua decisão foi a mais adequada.

Nesse momento, Machado é o empresário das duas maiores promessas da base do Grêmio e também do jogador mais valorizado do elenco profissional, Fernando. Foi quem conseguiu negociações milionárias no exterior para Carlos Eduardo, Rafael Carioca e mais recentemente Mário Fernandes. Agiu como intermediário para a contratação de Kleber, ainda que o clube tenha um diretor executivo (Paulo Pelaipe) e o jogador tenha um empresário (Giuseppe Dioguardi).

A ascensão de Jorge Machado começou no Caxias, clube em que ele chegou a ter quase 100% dos direitos econômicos dos atletas. Hoje, diz-se que a influência do empresário é menor. Coincidência ou não, com problemas nos negócios pessoais do presidente Osvaldo Voges, o clube da serra gaúcha tem salários atrasados e demissões em massa na base.

Machado, mesmo distante, mantém sua influência. Eleito revelação e o melhor jogador do último Gaúcho Sub-20, Murilo foi afastado pela presidência em meio às semifinais contra o Grêmio porque se recusou a vender parte de seus direitos a Jorge Machado e optou por outro agente. O pai do jogador, roupeiro do clube, foi demitido. É assim que a banda toca.

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