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sábado, 2 de dezembro de 2017

O que significa o título e a seleção da Libertadores.

A Libertadores, em uma de suas melhores edições, acabou essa semana, com um título lendário para o Grêmio, com alguns ingredientes épicos, mas que principalmente se destacava um futebol bem jogado, com posse de bola efetiva, com infiltrações, e um dos melhores contra-ataques do mundo do futebol hoje em dia, com o brilhantismo de Artur e a magia de Luan, e com uma dupla de zaga que faz qualquer torcedor de outros times suspirarem com uma certa inveja, ao ver Geromel e Kannemmann jogando juntos.

O Grêmio se tornou um time tão acertado na mão de Renato que inclusive peças que você pode criticar se encaixaram perfeitamente, onde Renato, aquele treinador que diz que não estuda, monta linhas de pressão da mesma forma que as linhas de pressão para recuperação de bola que usa Guardiola no City - o primeiro gol do Grêmio é uma prova disso, se você ver jogos do City eles já fizeram esse mesmo gol algumas vezes na temporada - e com a bola vertical no contra-ataque que se assemelha a mesma jogada do Real Madrid bicampeão da Champions com Zidane, e logicamente tudo adaptado ao elenco gremista montado por ele. Um sensível observador do futebol é Renato, isso não é de hoje, se você buscar entrevistas dele nos anos 80 falando de futebol, e não apenas vendendo o personagem que ele criou para imprensa, essa faceta já aparecia em entender como poucos o que o jogo representava e como ele poderia usar sua qualidade para ganhar jogos, isso fez com que Renato não precisasse ir in loco para ver essas mudanças no futebol mundial, ele conseguiu daqui, e aplicando essas tendências de uma forma que poucos conseguiriam no futebol sul americano.

Deixando claro, isso quer dizer que Renato é um brilhante treinador, revolucionário, um misto de Pep e Zizou...Não. Isso mostra a capacidade de observação, entendimento e adaptação de Renato, algo como dito antes, já demonstrado desde os tempos de jogador, mas que faz com que ele seja agora, definitivamente, o personagem mais importante da história do Grêmio, um dos mais importante da história do futebol das américas hoje.

O Grêmio, já deixando uma opinião, é capaz sim de vencer o Real Madrid em jogo único. Se demonstrar níveis de concentração como mostrou em praticamente toda a Libertadores, mas para isso antes é necessário estudar profundamente também o adversário anterior e não cair nas armadilhas que a soberba é capaz de realizar.

  • A Seleção da Libertadores:

GO: Marcelo Grohe - Grêmio. Ele simplesmente fez a defesa mais linda que já vi na minha vida contra o Barcelona - EQU.

LD: Gómez - Lanus: Velocidade pelo lado direito, não pode o erro da final lhe manchar a baita Libertadores que fez.

ZA: Geromel - Grêmio: Posicionamento e boa recuperação raramente perde uma jogada.

ZA: Kannemmann - Grêmio: Força, velocidade, impulsão, raça, mas não é só isso, muita qualidade na contenção das jogadas adversárias.

LE: Victor Luis - Botafogo: Caiu nas quartas, mas era a principal peça do Fogão que veio desde a pré-Libertadores e caiu para o campeão Grêmio.

VO: Artur - Grêmio: A revelação da Libertadores, fez partidas incríveis durante toda a competição, chegou a seleção brasileira, e é nome forte depois da conquista para o mundial da Rússia.

VO: Iván Marcone - Lanús: Volante marcador de força, mas com muita qualidade na saída de bola. Num esquema em que praticamente apenas ele carregava o piano no meio da equipe Granate, teve muito êxito na sua função.

MD: Gonzalo Martinez - River Plate: Um dos poucos jogadores que sobraram do título de 2015, e o agora camisa 10 brilhou com seu pé esquerdo no meio campo do milionários.

MC: Luan - Grêmio: Fácil o melhor jogador da Libertadores, do continente, e que inacreditavelmente não vem sendo chamado para a seleção.

ME: Lautaro Acosta - Lanus: Bem marcado e sem conseguir se desencaixar da marcação nas finais, mas com uma competição de luxo dutante toda a Libertadores.

AT: Jonathan Alvéz - Barcelona-EQU: Forte, com boa estatura, e com um oportunismo incomum, foi o que demonstrou Alvéz em um time que se valia mais da força do que das chances criadas para seu centroavante.

  • O vídeo da maior defesa da história do futebol, com a narração de Pedro Ernesto Denardin.

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