Claúdio Montanelli é um folclórico dirigente Xavante, já
tendo feito de quase tudo dentro do GE Brasil – inclusive uma passagem como
treinador, e acreditem com vitória no seu único jogo – e ontem foi a assembleia
a convite de Afonso Hamm, presidente da casa, traçar uma proposta de calendário
para o futebol brasileiro.
Na concepção de Montanelli, as séries A e B continuariam
como hoje são, a principal mudança seria em ampliar a série C para 20 clubes
onde todos jogariam contra todos em turno e returno, tornando-a igual as série
acima. Formando uma Série D com 20 clubes em dois grupos regionalizados e uma
série E com 40, essa sim nos moldes da série D atual.
Creio que com a estrutura atual a série C já poderia ser
feita por pontos corridos e, com isso, ampliando o leque de equipes que jogam
um calendário realmente cheio no ano inteiro. Dando chances de mais jogos em
casa, com mais renda entrando e não fazendo equipes tradicionais em sua região
ficarem a minguá boa parte do ano como Portuguesa-SP, Guarani-SP, Madureira-RJ,
Fortaleza-CE, América-RN e Vila Nova-GO, ou equipes emergentes como
Juventude-RS, Brasil de Pelotas-RS, Londrina-PR, Tupi-MG, Salgueiro-PE,
Cuiabá-MT, entre outros que investem cada vez mais na formação de uma
identidade nacional, e ampliação do nome na região que ocupam no seu Estado.
Eu particularmente discordo quanto a série D. Acredito que a
competição se tornaria ideal com 48 times divididos em 4 chaves com doze
equipes, onde 4 iriam aos mata-matas e as três últimas seriam rebaixadas, dando
rotatividade de clubes média e fazendo os clubes tenham 22 datas para jogarem
nacionalmente, assim sendo, 11 jogos em casa para fazer renda, por uma
competição de bom alcance. E daí sim fazer uma série E onde teríamos 12 equipes
sendo premiadas com o acesso, e sempre de formas regionalizadas, ou seja, subir
seis equipes da região sul/sudeste, e outras 6 do norte/nordeste/centro-oeste.
Isso faria que todas as regiões tivessem identidade
nacional, e não apenas dentro de seu Estado. Jogar uma série E com um time bem
organizado e dentro de sua realidade poderia ainda assim conseguir o acesso e
não faria apenas equipes que gastem um horror e consigam um sucesso momentâneo
que teriam esse privilégio.
A CBF ganha muito dinheiro nas costas dos clubes
brasileiros, e olha que essa nem é uma proposta do Bom Senso onde coloca a
série E com 500 clubes com a CBF apoiando todos. Acredito que a forma como é
feito hoje com as Série D pode ser feita com a E também nesse formato e a CBF
ainda assim continuaria ganhando as fortunas que ganha hoje.
Claro isso tudo passa por enxugar os estaduais, fortalecer
os nacionais, mas isso é assunto para outro post...
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