Quando no início da Libertadores olhava-se os times uruguaios presentes e detectava-se apenas a presença do Nacional, então não se via o gigante Peñarol, ou os médios Danúbio e Defensor, ou mais a grata revelação do ano passado o River Plate que chegou a semi da Sulamericana e perdeu para a altitude e o bom time da LDU, o que se via eram dois pequenos de Montevidéo - Racing e Cerro - e a expectativa era de que ambos fossem figurantes e levassem o futebol uruguaio para um buraco ainda maior.
O Nacional lidera o grupo que conta com o atual campeão argentino Banfield - que enfraqueceu ao perder Santiago Silva que voltou para o Vélez - e o sempre forte futebol mexicano representado pelo Morélia, além das alturas do Deportico Cuenca colombiano, e mesmo o time tendo vendido a sua maior promessa de craque dos últimos anos o meia Nicolás Lodeiro para o Ajax, manteve a base da última Libertadores com o promissor zagueiro Coates - de apeas 19 anos - os meias O.J.Moralez, e seu homônimo Alvaro González - ex-Boca - além dos bons Varela - Ex-Shalke - Guigou e dos jovens Cabrera e Pereyra. No ataque Regueiro - ex-Valência e Racing Santander - e Diego Vera são muito perigosos, e com isso conseguiram uma vitória espetacular contar Banfield na Argentina por 2x0 e praticamente encaminhando a sua classificação para a segunda fase, visto que 11 pontos deve garantir a vaga como segundos colocados também.
As surpresas começam com o pequeno Racing que passou eliminando na pré-Libertadores o Atlético Junior em um grande resultado em Bogotá num empate e depois fazendo o serviço em casa, tendo no bom Cauteruccio, e com o referencial com Líber Quiñonez, uma ameça constante deu um susto no Corinthians ao sair ganhando do Timão no Pacaembu e fazendo a trupe de Ronaldo suar muito e ganhar com dois gols improváveis de Eliás, ganhou com com autoridade do Cerro Porteño paraguaio em casa e empatou fora contra os sempre perigosos colombianos do Independiente Medellín, dando mostras de força e se conseguir manter a boa campanha tem tudo para brigar até a última rodada pela vaga de segundos colocados, mas mesmo assim pelo equilíbrio do grupo acaba se tornando forte candidato para perder a vaga nos critérios técnicos.

O futebol uruguaio volta a Copa do Mundo, aos trancos e barrancos vai se levantando de uma draga que parecia não ter fim, bons jogadores sendo revelados, e uma disposição característica o futebol uruguaio parece estar disposto a ocupar a vaga que a Argentina está deixando vaga, de competir com o Brasil pelos títulos dentro da América do Sul, o Nacional é o mais forte, agora o Cerro não deve ser desprezado.
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